O ser humano possui diversos comportamentos como, por exemplo, a empatia, o autruísmo e o medo. Estas ações tem importância biológica nas relações sociais, reprodutivas e de proteção. Entretanto, alguns comportamentos se tornam exagerados, gerando desordens e desequilíbrio, como o transtorno de ansiedade.
Todas as pessoas passam por momentos de ansiedade, seja na decisão de algo importante ou antes de uma prova. Ela faz parte da vida!
Porém, pessoas que desenvolvem transtorno de ansiedade não conseguem se livrar dessa sensação. Além disso, essa condição piora ao longo do tempo.
Estes comportamentos não são saudáveis e podem prejudicar as atividades profissionais e pessoais. Aqui iremos descrever como identificar uma pessoa que aparenta estar com transtorno de ansiedade. Ainda, tratamentos e outros aspectos desta condição serão apresentados.
Os Sintomas do Transtorno de Ansiedade
Primeiramente, os transtornos de ansiedade podem ser classificados em diferentes tipos, de acordo com comportamentos específicos. O chamado transtorno de ansiedade generalizada é caracterizado pela excessiva ansiedade presente durante meses. Nesta condição, o paciente apresenta sintomas bem definidos.
Os sintomas de transtorno de ansiedade generalizada incluem inquietação, irritabilidade, falta de concentração e tensão muscular. Ainda, a pessoa sente-se facilmente cansada, possui dificuldades para controlar suas preocupações, e apresenta insônia.
Já na síndrome do pânico, o indivíduo demonstra ataques de pânicos inesperados, o que inclui palpitação, sudorese e aceleração cardíaca. A pessoa sente-se em estado de choque, com encurtamento da respiração, e constantemente pensa em acontecimentos negativos.
Além disso, pessoas que possuem síndrome do pânico demonstram medo de sentir um ataque de pânico novamente, evitando assim os lugares nos quais aconteceram essas crises de ansiedade.
Por sua vez, o transtorno de ansiedade social é caracterizado pelo medo de frequentar ambientes sociais. Esta pessoa normalmente se preocupa exageradamente com o julgamento, a rejeição, e a relação de estarem com outras pessoas. O principal sintoma desta desordem é a dificuldade de se comunicar com outros indivíduos.
Logo, não costumam sair de casa e não gostam de participar de eventos sociais. Quando outras pessoas estão por pertos, começam a tremer, suar e sentir náuseas. Consequentemente, estas pessoas acabam por não possuir muitos amigos e sentem-se isoladas.
Fatores de risco
Médicos e cientistas alertam que diversas condições são consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos de ansiedade. Dentre elas:
- timidez ou comportamento inibido durante a infância;
- possuir fontes econômicas muito baixas, o que leva à constante preocupação financeira;
- divórcio ou falecimento do companheiro, por motivos de intensa tristeza;
- perda da vaga de trabalho, pela desilusão de ser impedido de realizar uma tarefa de grande importância para si, e;
- histórico familiar de transtornos mentais, o que pode indicar riscos genéticos presentes.
Terapias e tratamentos
Muitas abordagens podem ser realizadas para o controle dos transtornos de ansiedade. Basicamente, os pacientes são tratados com psicoterapia, remédios, ou ambos.
Apesar de parecer desconfortável, dialogar sobre os problemas que enfrenta perante a um psicólogo é muito eficiente. É importante que o paciente seja franco com o profissional para que ele possa ajudá-lo com medidas realmente necessárias.
Terapias de comportamento são muito úteis no combate ao transtorno de ansiedade. Na terapia cognitiva, o paciente é estimulado a identificar e neutralizar os pensamentos que tragam suas ansiedades. Já na terapia expositiva, o indivíduo é encorajado a participar de atividades que antes possuía receio ou medo. Estas técnicas são comumente utilizadas em conjunto com sessões de relaxamento e sessões de imaginação.
Tratamentos em grupo são muito bons para tratar das desordens relacionadas à ansiedade. Alguns indivíduos sentem-se confortáveis em dividir os seus problemas com outras pessoas que também sofrem da mesma adversidade.
Juntos, eles podem conversar e buscar a eliminação dos medos e ansiedades que possuem.
No caso da necessidade de medicamentos, é importante salientar que eles devem ser prescritos por médicos especializados. Estes remédios costumam ser usados no início do tratamento ou em necessidades bem específicas durante o curso da psicoterapia.
As classes de medicamentos mais comuns são as drogas antidepressivas, ansiolíticas (benzodiazepínicos) e bloqueadores-beta (propanolol). Recomenda-se discutir com o médico acerca dos efeitos colaterais, riscos e custo dos medicamentos. Adicionalmente, informe-se sobre terapias alternativas, como suplementos, vitaminas ou mudanças na alimentação.
Portanto, fique atento e aprenda a identificar os primeiros sintomas dos transtornos de ansiedade. Estas condições são de impacto negativo na saúde mental e vida social do indivíduo, sendo riscos para o desenvolvimento de outras doenças associadas.